Deterioração da Economia Fecha 600 Lojas no Centro do Rio de Janeiro


Maio a novembro, diz CDL-RJ  
O número de lojas fechadas no Centro do Rio chegou a 600 nos últimos seis meses de acordo com dados do Clube dos Diretores Lojistas (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Rio (Sindilojas). É praticamente metade dos 1 mil e 300 estabelecimentos comerciais fechados no município. Em algumas regiões a situação é mais grave, como na tradicional Rua da Carioca, símbolo do Rio Antigo e onde ainda estão abertos estabelecimentos centenários como o Bar Luiz, a Loja Vesúvio e o Cine Íris, um dos últimos remanescentes dos cinemas pornôs do Centro. O dono do cinema, Raul Pimenta, disse, a queda do movimento é de 20%. Na Vesúvio, especializada em guarda-chuvas, a queda no movimento chega a 50%, segundo Armando Lauri Júnior, um dos sócios da loja. Dos cerca de 60 imóveis da rua, 22 estavam fechados até o início de novembro. Para driblar o problema, a maioria decidiu fechar as portas as 18h, uma hora mais cedo do que o horário habitual. A crise econômica e a especulação imobiliária, que provocam a alta de aluguéis comerciais em toda a cidade, são apontadas como os principais motivos, afirma Aldo Gonçalves, presidente do CDL. Já para os comerciantes da Rua da Carioca, o agravamento da crise do comércio na rua não é só a especulação imobiliária iniciada em 2012, quando o Banco Opportunity comprou 18 imóveis na rua e aumentou os aluguéis a preços que se tornaram inviáveis. Os últimos estabelecimentos a baixar as portas na Rua da Carioca foram a Livraria Solário, que funcionava no número 33 há 18 anos, e duas lojas de eletrodomésticos de grandes redes. O dono da livraria torce por uma revitalização da área e faz planos para a recuperação do prédio tombado. "Quero renovar, fazer um café para trazer mais gente. Viver só de livros não está dando", afirmou. O dono da Vesúvio, comércio que existe no mesmo endereço há 69 anos, não é tão otimista. Ele conta histórias dos aúreos tempos da loja sempre lotada e diz que eles têm que vender para clientes em outros estados para conseguir sobreviver. “ Nossa atividade econômica é tombada. Nós construímos uma história e é triste ver como está agora. Acredito que o futuro da rua é negro”, afirmou  


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