Haddad Contra o PT - @RachelSherazade


Haddad tem cabeça de petista, gestão de petista, histórico de petista, número de petista. Impossível esconder essa estrela embaixo do tapete  
Ora, quem diria?! Para não perder a prefeitura da maior cidade do Brasil, o PT poderá se desprender do PT e criticar o próprio PT. Essa deve ser a estratégia do prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, para garantir a reeleição no ano que vem. A onze meses do pleito, Haddad está em segundo lugar na corrida eleitoral, tecnicamente empatado com a veterana Marta Suplicy e o novato José Luiz Datena. A conquista do voto do paulistano não será nada fácil para o PT, pois a rejeição ao atual prefeito é enorme. O número de eleitores que reprovam a gestão Fernando Haddad subiu de 44 para 49%, segundo o Datafolha. É a pior avaliação desde que o petista tomou posse, em janeiro de 2013. Bem se vê que ciclovias não fazem milagres nas urnas, principalmente entre o eleitorado mais pobre. Dos eleitores com renda mensal de até dois salários mínimos, apenas 12% aprovam o atual prefeito, que, segundo o Datafolha, recebeu nota 4,1 dos munícipes. Apesar da péssima avaliação, o petista Fernando Haddad quer partir para cima dos adversários e vencer a todo custo, nem que para isso tenha que atacar os próprios companheiros. Dilma Rousseff será um dos alvos da campanha do prefeito. Para justificar o não cumprimento de metas como a construção de creches e casas populares, Haddad se voltará contra a presidente da República, atribuindo à mandatária a responsabilidade de não ter repassado recursos do PAC à prefeitura de São Paulo, o que teria inviabilizado as obras do atual gestor. Voltar-se contra o próprio partido, cuspindo no prato que comeu nem é tão abominável assim. Há três anos, Fernando Haddad fez coisa ainda pior. Para se eleger prefeito, chegou a beijar a mão de Paulo Maluf, numa aliança improvável e indigesta, costurada por Lula, entre o que há de pior na esquerda e na direita. Outro obstáculo no caminho do prefeito petista é a pecha de corrupção que insiste em acompanhar o seu partido. Para se descolar da má fama do PT, Haddad fará a linha “petista moderado”, e, assim, espera afastar-se do legado nefasto do seu próprio partido. Obviamente, o prefeito paulista não quer levar sobre si o desprestígio da legenda. Por isso, na campanha política, os marqueteiros tentarão apresentá-lo como um candidato praticamente avulso, sem vínculos mais umbilicais com o partido da bandalheira. Mas, a verdade é que Haddad tem cabeça de petista, gestão de petista, histórico de petista, número de petista. Impossível esconder essa estrela embaixo do tapete.  


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VERDADE - Não adianta se esconder
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